Christiane Paiva (foto à direita), pesquisadora da área de Microbiologia do Solo da Embrapa Milho e Sorgo (MG), responsável pela pesquisa que chegou ao produto comercial, comemora os resultados

Christiane Paiva (foto à direita), pesquisadora da área de Microbiologia do Solo da Embrapa Milho e Sorgo (MG), responsável pela pesquisa que chegou ao produto comercial, comemora os resultados

Produto desenvolvido na Embrapa Milho e Sorgo rendeu R$ 105 milhões ao País em 2020

Desde que foi lançado, em agosto de 2019, o primeiro inoculante desenvolvido com tecnologia nacional para absorção de fósforo pelas culturas deverá aumentar a fertilidade de mais de três milhões de hectares de solos brasileiros até a safra 2021/2022. A projeção é da empresa Bioma, pertencente ao Grupo Simbiose Agro, parceira da Embrapa no desenvolvimento e comercialização do produto, e se refere ao tratamento de lavouras de milho e soja em todo o País com o BiomaPhos.

dependência brasileira de fertilizantes importados”, afirma a pesquisadora. Segundo ela, em algumas culturas, ainda em fase de testes, como batata e amendoim, os ganhos têm surpreendido os produtores, chegando a 30% de incrementos na produtividade.

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Christiane Paiva (foto à direita), pesquisadora da área de Microbiologia do Solo da Embrapa Milho e Sorgo (MG), responsável pela pesquisa que chegou ao produto comercial, comemora os resultados Christiane Paiva , pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo (MG), responsável pela pesquisa que chegou ao produto comercial, chama a atenção para o fato de que a expansão no uso do BiomaPhos sinaliza a possibilidade de reduzir a excessiva dependência brasileira de fertilizantes importados – Foto: Guilherme Viana

Christiane Paiva, pesquisadora da área de Microbiologia do Solo da Embrapa Milho e Sorgo (MG), responsável pela pesquisa que chegou ao produto comercial, comemora os resultados. Segundo ela, os ganhos de produtividade estão sendo comprovados também em outras culturas, como cana-de-açúcar, feijão, arroz, sorgo, braquiária e no café. “Apesar de o produto estar disponível no mercado há pouco mais de um ano, a expansão já sinaliza a possibilidade de contribuir efetivamente para a redução da excessiva “Esses resultados ocorreram em lavouras que usualmente não utilizavam inoculantes biológicos para aumento da produtividade e melhor aproveitamento de nutrientes, o que torna o BiomaPhos um produto revolucionário em termos de utilização de ativos biológicos na agricultura”, interpreta Christiane Paiva. “Em culturas como café, sorgo, algodão, cana-de-açúcar, amendoim, citros, manga, tomate e batata, em que não havia tradição de uso de inoculantes, a tecnologia tem proporcionado ganhos reais após ter sido amplamente testada e avaliada positivamente pelos próprios produtores”, complementa. Ela adianta que a Embrapa e parceiros públicos também estão firmando parcerias para avaliação do inoculante em banana, trigo, pastagens, hortaliças, hortifrútis, milho para silagem e milho-verde, além de análises sobre a eficiência do produto no sistema ILPF.

R$ 105 milhões de retorno ao País

O impacto econômico proporcionado pelo inoculante em 2020 em todo o País chegou a R$ 105.134.993,00 valor estimado pela Embrapa com metodologia que avalia o impacto das suas tecnologias e publicado em seu Balanço Social. Esse montante mostra o lucro revertido para o Brasil ao diminuir a importação de fertilizantes sintéticos minerais, substituindo-os pelo BiomaPhos. Para chegar a esse valor, pesquisadores da Empresa elaboram análises de um componente quantitativo, que é a avaliação econômica propriamente dita, e de um componente qualitativo referente a entrevistas com os adotantes da solução tecnológica para captar os impactos socioambientais e, por fim, entrevistas com os desenvolvedores do ativo para captar o Impacto de Desenvolvimento Institucional.

 

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