Secretário de Saúde revela preocupação com falta de idosos na 2º dose da vacina

Cumprindo agenda de acompanhamento as ações da secretaria municipal de Saúde, principalmente nas questões relacionadas à campanha de vacinação contra a Covid-19, a Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social recebeu o secretário Flávio Pimenta esta semana. Na pauta vários assuntos foram esclarecidos pelo gestor da saúde. Gilson Liboreiro (SD) comandou os trabalhos da sessão em videoconferência, na terça-feira (20).

O presidente da Comissão Permanente da Câmara esteve acompanhado de vários parlamentares que ponderaram sobre ações distintas. Liboreiro abriu os trabalhos alertando sobre pesquisa recente divulgada pelo jornal O Tempo que revela uma redução nas mortes de profissionais de saúde. “Comprova que temos que seguir a ciência porque a vacinação é o caminho”.

Questionado se Sete Lagoas segue tendência nacional nos registros de evasão para a segunda dose, Flávio Pimenta revelou que “há preocupação”. Ele acrescentou que existe necessidade “de uma campanha publicitária reforçando a importância de a população não deixar de tomar a segunda dose. Já existe repercussão na internação de casos graves. Já é sentida uma diferença significativa entre as faixas que já tomaram a segunda dose”, informou.

Sobre o assunto, Carol Canabrava (Avante) quis saber se existe um levantamento “em números” sobre a evasão da segunda dose na cidade. De acordo com Pimenta, já foi registrada uma “diferença de 15% nas últimas fases da segunda dose. Na primeira dose houve comparecimento significativo. Mas todas as campanhas de vacinação em geral têm uma expectativa de vacinar 70% da população”, completou.

O questionamento do presidente do Legislativo, Pr. Alcides (PP), foi sobre quais vacinas a cidade vem recebendo. Segundo o secretário, varia conforme o lote enviado pelo Estado, mas, na última remessa, foram mais da Aztrazeneca.

Independente do fabricante do imunizante, Flávio redundou ao destacar a importância da vacina porque mesmo vacinada a pessoa pode continuar a transmitir, mas em uma carga viral menor. Ele explicou, ainda, que o ciclo completo da Astrazeneca tem eficiência de 78% enquanto que a Coronavac atinge eficácia de 50% contra complicações graves da doença causada pelo coronavírus.

Para que a população possa acompanhar de forma mais clara o avanço da campanha, Heloísa Frois (Cidadania) pediu a divulgação de um “um vacinômetro mais detalhado”. Na mesma direção e para que a cidade tenha mais transparência, Junior Sousa (MDB) espera mais critério na divulgação das informações sobre as remessas das vacinas que chegam aos municípios. “Já teve caso de o Governador divulgar o número enviado aos municípios em um dia e a gente receber quase uma semana depois”, reconheceu Flávio.

Janderson Avelar (MDB) e Eraldo da Saúde (Patri) foram outros vereadores que acompanharam os trabalhos. Ações da Assistência Social também estiveram em pauta e uma informação chamou a atenção. Segundo técnicas da pasta, cerca de 300 cestas básicas eram distribuídas antes da pandemia e hoje são, por mês, do benefício eventual, aproximadamente de 1.200 a 1.500 cestas.

Também sob a égide da Comissão, assuntos relacionados ao meio ambiente também foram alvo de debates, com destaque para o projeto Produtor de Água que deve sair do papel na cidade.

Para quem perdeu a sessão, na página da TV Câmara no Facebook a reunião está disponível na íntegra (Facebook.com/tvcamarasl).

 

Matéria em camarasete.mg.gov.br
Por Marcelo Ribeiro de Paiva